Brasil faz 12 a 2, se vinga do Paraguai e comemora o título da Copa Sul-Americana
08/02/2015

Brasil faz 12 a 2, se vinga do Paraguai e comemora o título da Copa Sul-Americana

Recife (PE), 8 de fevereiro de 2015 - O Carnaval começou um pouco mais cedo em Recife. Empurrado por 3 mil pernambucanos, o Brasil venceu o Paraguai por 12 a 2 (gols de Datinha (3), Daniel (3), Rodrigo (2), Gabriel, Sidney, Bruno Xavier e Fernando DDI, para os brasileiros, Lopez e Rodriguez, para os paraguaios), há pouco, na manhã deste domingo, dia 8, nas areias da Praia do Pina (Recife-PE), e conquistou o primeiro título na temporada 2015. Com o resultado, o Brasil quebrou a invencibilidade guarani no torneio e ainda se vingou da única derrota no campeonato, na fase de classificação, por 8 a 7. O resultado leva o Brasil também à condição de cabeça de chave 1 nas Eliminatórias Conmebol, em abril, em Manta (Equador).

Eleito ‘Melhor Jogador’ da competição, o maranhense Datinha, exaltou a união e o comprometimento do grupo, com quem fez questão de dividir os méritos pela escolha.

- Agradeço aos meus companheiros pela ajuda e esse prêmio é de todo o grupo. Entramos muito determinados nessa final, conseguimos marcar melhor e os contra-ataques funcionaram bem, os gols saíram e isso foi fruto da nossa vontade, da nossa concentração, temos um grupo unido e vamos comemorar muito esse título - afirmou o camisa 10.

- Foi uma experiência boa, importante para todos nós, jogar contra a Seleção Brasileira numa final, uma equipe tão competitiva, muitas vezes campeã do mundo. Mostramos a nossa força, que o Paraguai tem um grande time, e dá gosto participar de um grande jogo como esse. Perdemos, isso faz parte, acho que a vontade de vencer e o cansaço nos atrapalharam um pouco - falou Rodriguez.

Na cerimônia de premiação, além de Datinha, o capixaba Bruno Xavier recebeu o troféu de ‘Artilheiro’ (10 gols) e o chileno Echeverria foi escolhido ‘Melhor Goleiro’ do torneio.

Antes da bola rolar para a final, Benjamin, que assumiu a função de assistente-técnico da Seleção Brasileira, recebeu uma camisa com o número 339, homenagem em alusão ao número de partidas oficiais pelo Brasil. O ex-capitão, terceiro maior artilheiro da História (308 ao lado de Jorginho), é quem mais atuou pela equipe até hoje.

As filas já eram longas horas desde a madrugada. Recife parou para torcer pela Seleção Brasileira, que já havia sido campeã duas vezes na cidade: Copa das Nações, em 2013, e Copa América, no ano passado. Pelo caminho, o Paraguai, rival que tem incomodado bastante nos últimos anos. Tendo Bruno Xavier, Gabriel e Rodrigo de volta (cumpriram suspensão contra a Argentina), e o melhor ataque do torneio (38 gols), o Brasil começou o jogo em alta velocidade e com ‘fome’ de gols. A maturidade e o equilíbrio que mostrou durante todo o torneio, a seleção guarani não mostrou na final. Tocando fácil, o Brasil abriu 4 a 0 na primeira etapa: Rodrigo (aos 41 segundos), Daniel (7’37"), Gabriel (7’57") e Datinha (9’36") marcaram os gols do Brasil.

A Seleção Brasileira não diminuiu o ritmo e Sidney, de bicicleta, marcou seu 150º com a camisa amarelinha: 5 a 0, aos 55 segundos. Bruno Xavier marcou o seu décimo gol no torneio, se isolou na artilharia, e o Brasil aumentou ainda mais a vantagem: 6 a 0, aos 1’11". O Paraguai não esboçava reação, estava batido e, enquanto Mão pouco trabalhava, Fernandez sofria com a pontaria dos donos da casa. Tudo dava certo para o Brasil, que marcou com DDI (1’59"), Rodrigo (2’48"), Datinha (5’32") e Daniel (9’13"): 10 a 0 no segundo período.

O Brasil voltou à quadra em ritmo lento no último tempo e o Paraguai aproveitou isso. Lopez, de falta, contou com o quique da bola para enganar Leandro Fanta: 10 a 1, aos 1’19". Em seguida, Rodriguez ganhou da defesa e encheu o pé: 10 a 2, aos 1’55". Mas parou nisso. Datinha fez mais um (5’57") e Daniel, num golaço, selou a vitória verde e amarela em Recife: 12 a 2, aos 9’15". Festa nas arquibancadas e emoção no pódio: Wágner, goleiro bicampeão mundial (2008/2007), que ficou paraplégico num acidente automobilístico em 2010, foi homenageado, levantou a taça e teve seu nome gritado na arena.

- Hoje jogamos com a cara que o Alexandre quer, do jeito que ele quer ver o Brasil. Nós não jogamos bem nas primeiras partidas, faltou um pouco de concentração, mas aquela derrota para os paraguaios acabou sendo importante para a gente, porque acordamos na competição. Temos um grupo maduro, experiente, que sabe se cobrar e sabe o que fazer nessas horas. Tenho que agradecer a essa torcida maravilhosa de Pernambuco, mais uma vez eles fizeram uma grande festa, nos carregaram nos braços e vamos muito bem preparados para as Eliminatórias - disse Bruno Xavier.

CLASSIFICAÇÃO FINAL
Campeão - Brasil
Vice-campeão - Paraguai
3º lugar - Argentina
4º lugar - Chile
5º lugar - Uruguai
6º lugar - Bolívia

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